O I Congresso Internacional do Senhor de Matosinhos.
Porque o Senhor de Matosinhos encanta?
Tive a honra de acompanhar algumas paletras e atividades que aconteceram no I Congresso Internacional do Senhor de Matosinhos inserido nas Festas com o mesmo nome que acontece todos os anos na cidade de Matosinhos, mesmo aqui ao lado do Porto.Este Congresso, realizado pela Câmara Municipal de Matosinhos em parceria com o Município de Congonhas uniu num mesmo tema, duas cidades separadas por um oceano: Matosinhos aqui em Portugal e Congonhas em Minas Gerais no Brasil.
Precisei atravessar este mesmo oceano e estar a viver 14 anos por cá, para só agora conhecer tamanha grandiosidade da cultura das cidades históricas de Minas Gerais ligadas ao Senhor de Matosinhos. Confesso que já estou ansiosa para um dia conhecer estas cidades que carregam a mesma devoção ao Senhor de Matosinhos, assim como acontece com a cidade piscatória aqui ao lado do Porto.
Matosinhos, é uma cidade muito conhecida pelos seu restaurantes de peixes e pela sua tradição da pesca e pelo mar. Mas digo e repito: Matosinhos é muito mais!
Matosinhos é cheio de tradições, cultura, histórias e lendas. E são estas lendas que se misturam com a história e que nos conduzem à uma das igrejas mais bonitas do Norte de Portugal, que foi inicialmente construída no séc. XVI por João Ruão e sofreu uma grande intervenção no séc. XVIII, através do arquiteto italiano Nicolau Nasoni, apresentando-nos uma fachada magnífica de expressão barroca.
Neste Congresso, o historiador José Manuel Tedim, presenteou-nos com uma palestra muito esclarecedora a respeito da arquitetura da Igreja do Bom Jesus de Matosinhos |
Incansável, Joel Cleto é um comunicador por excelência que faz questão de partilhar com todos o seu conhecimento seja ele baseado em lendas ou histórias. De Matosinhos, do Porto e de Portugal. Nunca esconde a felicidade em poder contribuir para que todos tenham acesso às lendas e histórias que tão bem vai contando-nos seja numa palestra, num livro, no programa do Porto Canal ou num percurso pedonal, como o que participei em 2014 e tive o meu primeiro contato sobre as lendas e histórias do Senhor de Matosinhos.
a belíssima capa concebida pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira |
uma novidade: o QR-Code que nos apresenta dez vídeos durante a leitura do livro |
Obrigada Joel Cleto! |
Foram 3 dias de Congresso e de muitas atividades, entre palestras e visitas guiadas.
Foi um orgulho ver portugueses e brasileiros, verdadeiras assumidades, juntas num tema que me é encantador: o Senhor de Matosinhos.
Por isso, sempre que tenho a oportunidade, vou até lá com os turistas brasileiros para lhes falar sobre o que vou conhecendo a respeito deste assunto e para principalmente, mostrar a belíssima Igreja do Senhor de Matosinhos e a imagem que não me canso de admirar.
Parabéns Matosinhos por esta iniciativa e parabéns Congonhas por conseguir preservar esta memória e este patrimonio por 32 cidades históricas. Foi gratificante saber a respeito de tanto trabalho de preservação e sobre tanta dedicação e devoção pelo Senhor de Maosinhos, que sempre esteve aqui... ao lado do Porto!
Do resumo da comunicação da palestra de Ângelo Oswaldo, sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e académico correspondente da Academia Nacional de Belas-Artes de Portugal:
"Milhares de portugueses deixaram o norte do país com destino às minas gerais do ouro e dos diamantes, descobertas nos sertões do Brasil no final do séc. XVII. Ao embarcarem em Matosinhos, levaram consigo a fé na imagem do Bom Jesus ali venerada, certos da sua proteção na travessia marítima e na viagem arriscada pelo interior dos trópicos. Espalharam assim, pelas vilas e arraiais mineradores, a devoção ao Senhor de Matosinhos, ao qual foi dedicada a mais espetacular de todas as manifestações barrocas da religiosidade do ciclo do ouro: o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos de Congonhas do Campo, onde se acha a obra máxima do escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho."
Tantos anos a escrever o Porto encanta, e foi no I Congresso Internacional do Senhor de Matosinhos que me deparo com alguém que na sua auteticidade, revela a mesma dúvida que a minha. Como escrever determinadas palavras?
Ana Alcântara, Secretária Executiva da Associação das Cidades Históricas de Minas, confessa na sua palestra a dúvida sobre a escrita entre Matozinhos ou Matosinhos.
Nestes nossos dois mundos, Portugal e Brasil, há muitas dúvidas como esta da Ana Alcântara.
Dúvidas que sempre me acompanharam neste meu caminho.
Divido-me entre escrever Patrimônio ou Património e que acabo por escrever... Patrimonio, porque para mim, com assento circunflexo, agudo ou até sem assento, o importante é que o Senhor de Matosinhos encanta, e que merece ser visitado. Aqui em Portugal ou... no Brasil, em Congonhas.
Matosinhos está para além das praias e dos peixes. É tradicão, cultura, histórias e lendas.
Igreja do Senhor de Matosinhos
Rua Silva Cunha, 107
Segunda-Feira: das 8:15 h às 12h e das 14:30h às 17h
Terça-Feira à Sexta-Feira: das 8:15 às 12 h e das 14:30 às 19:30 h
Sábado: das 9 h às 12 H e das 14:30 às 19:30 h
Domingo: das 7 h às 12 h e das17 às 19:30h
Parabéns Matosinhos por esta iniciativa e parabéns Congonhas por conseguir preservar esta memória e este patrimonio por 32 cidades históricas. Foi gratificante saber a respeito de tanto trabalho de preservação e sobre tanta dedicação e devoção pelo Senhor de Maosinhos, que sempre esteve aqui... ao lado do Porto!
Do resumo da comunicação da palestra de Ângelo Oswaldo, sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e académico correspondente da Academia Nacional de Belas-Artes de Portugal:
"Milhares de portugueses deixaram o norte do país com destino às minas gerais do ouro e dos diamantes, descobertas nos sertões do Brasil no final do séc. XVII. Ao embarcarem em Matosinhos, levaram consigo a fé na imagem do Bom Jesus ali venerada, certos da sua proteção na travessia marítima e na viagem arriscada pelo interior dos trópicos. Espalharam assim, pelas vilas e arraiais mineradores, a devoção ao Senhor de Matosinhos, ao qual foi dedicada a mais espetacular de todas as manifestações barrocas da religiosidade do ciclo do ouro: o Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos de Congonhas do Campo, onde se acha a obra máxima do escultor Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho."
O importante trabalho do Museu de Congonhas, na promoção do patrimonio e na luta contra o perigo constante das barragens das mineradoras logo ali ao lado |
Para quem vem ao Porto ou vive na região, não deixe de visitar esta Igreja que tem uma riqueza arquitetonica fantástica e nos apresenta a imagem mais antiga de Cristo na cruz, em Portugal. Comprovadamente do século século XII, mas que a lenda nos conduz a uma imagem que poderá ter sido muito mais antiga do que podemos imaginar...
da palestra de Joel Cleto: "O Senhor de Matosinhos e as imagens de Nicodemus" |
Ana Alcântara, Secretária Executiva da Associação das Cidades Históricas de Minas, confessa na sua palestra a dúvida sobre a escrita entre Matozinhos ou Matosinhos.
Nestes nossos dois mundos, Portugal e Brasil, há muitas dúvidas como esta da Ana Alcântara.
Dúvidas que sempre me acompanharam neste meu caminho.
Divido-me entre escrever Patrimônio ou Património e que acabo por escrever... Patrimonio, porque para mim, com assento circunflexo, agudo ou até sem assento, o importante é que o Senhor de Matosinhos encanta, e que merece ser visitado. Aqui em Portugal ou... no Brasil, em Congonhas.
Matosinhos está para além das praias e dos peixes. É tradicão, cultura, histórias e lendas.
Igreja do Senhor de Matosinhos
Rua Silva Cunha, 107
Segunda-Feira: das 8:15 h às 12h e das 14:30h às 17h
Terça-Feira à Sexta-Feira: das 8:15 às 12 h e das 14:30 às 19:30 h
Sábado: das 9 h às 12 H e das 14:30 às 19:30 h
Domingo: das 7 h às 12 h e das17 às 19:30h
Matosinhos tem um potencial inacreditável, e tem gente que vê muito mais para além do slogan de MATOSINHOS TERRA DE HORIZONTE E MAR!
ResponderExcluirObrigada pelo seu comentário Henrique!
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