Turismo Criativo: Conhecer e aprender a fazer a arte da Filigrana Portuguesa.
Quem acompanha este blog, sabe que eu sou uma grande fã do Turismo Criativo, onde posso conhecer como se faz e até mesmo aprender a fazer algo que seja típico de um local que estou visitando.
Por isso criei o Passear e Azulejar, que é um tipo de turismo criativo a fazer no Porto e estou sempre a convencer os meus leitores quando lhes presto alguma consultoria de viagem a desfrutar destes tipos de experiências por onde passem.
Por isso foi tão interessante participar do Seminário Internacional de Turismo Criativo que aconteceu no mês passado em Esposende, e saber ainda mais sobre os importantes pólos de turismo criativo apoiados por instituições e empresas, em Portugal, em Espanha e em diversos outros países, incluindo o Brasil, no estado do Rio Grande do Sul.
Inspiradas em um dia tão enriquecedor, eu, a Sara Dias, parceira do meu blog através da empresa Oporto and Douro Moments e a Elena Paschinger do blog Creativelena, uma das palestrantes do Seminário, decidimos, a convite da própria Sara, decidimos fazer turismo criativo pelo Porto e arredores.
O nosso primeiro destino foi em direção à Rota da Filigrana, criada recentemente pelo município de Gondomar, bem ali a 8 kms do centro do Porto.
Gondomar é um território conhecido pela Ourivesaria, boa parte da sua história é uma relação estabelecida entre Homem – Oficina – Ouro.
E assim, adentramos na oficina AC Filigranas, onde o António Cardoso e a Rosa Cardoso receberam-nos entre os seus ofícios e muito boa disposição para nos mostrar como se faz aquela arte tão típica de Portugal.
Trabalho que fazem há anos! O António começou com o seu pai a mexer nos primeiros fios de filigrana, quando tinha apenas 7 anos de idade.
O preenchimento das peças é sempre feito pelas mulheres, que são chamadas de "enchedeiras", segundo o António, as mulheres são mais delicadas e perfeccionistas para um trabalho tão exigente...
Deitar a solda, soldar, moldar a peça e dar o acabamento final, são os restantes passos de todo o processo..
E de coração preenchido, saímos de lá encantadas pela oportunidade de entrar dentro deste mundo tão bonito da filigrana portuguesa.
E pela margem do rio Douro em direção ao centro do Porto, a Sara leva-nos ao próximo destino deste dia que dedicamos ao turismo criativo. Vamos para a outra margem do rio, conhecer um outro ofício, desta vez relacionado com outra arte... a música.
Este é um assunto para outro post... acompanhe!
Por isso criei o Passear e Azulejar, que é um tipo de turismo criativo a fazer no Porto e estou sempre a convencer os meus leitores quando lhes presto alguma consultoria de viagem a desfrutar destes tipos de experiências por onde passem.
Por isso foi tão interessante participar do Seminário Internacional de Turismo Criativo que aconteceu no mês passado em Esposende, e saber ainda mais sobre os importantes pólos de turismo criativo apoiados por instituições e empresas, em Portugal, em Espanha e em diversos outros países, incluindo o Brasil, no estado do Rio Grande do Sul.
Inspiradas em um dia tão enriquecedor, eu, a Sara Dias, parceira do meu blog através da empresa Oporto and Douro Moments e a Elena Paschinger do blog Creativelena, uma das palestrantes do Seminário, decidimos, a convite da própria Sara, decidimos fazer turismo criativo pelo Porto e arredores.
O nosso primeiro destino foi em direção à Rota da Filigrana, criada recentemente pelo município de Gondomar, bem ali a 8 kms do centro do Porto.
Gondomar é um território conhecido pela Ourivesaria, boa parte da sua história é uma relação estabelecida entre Homem – Oficina – Ouro.
A presença da exploração mineira do ouro vem desde os povos pré-romanos, intensificando-se durante a presença romana com a exploração de minas espalhadas nas serras de Pias e Banjas. A partir da segunda metade do século XVIII, Gondomar começa a afirmar-se como um dos núcleos mais importantes e prolíferos da Ourivesaria Portuguesa.
A Filigrana é o campo privilegiado na Ourivesaria gondomarense, a produção artesanal é praticada em oficinas de pequena escala, de cariz familiar, utilizando técnicas passadas de uma geração à próxima.
Esta herança continua a vigorar com força no Município, exemplo disso, no ranking das oito maiores empresas portuguesas de joalharia e ourivesaria cinco são gondomarenses. A Ourivesaria em Gondomar regista cerca de 60% da produção nacional. (fonte: Turismo de Gondomar )
E assim, adentramos na oficina AC Filigranas, onde o António Cardoso e a Rosa Cardoso receberam-nos entre os seus ofícios e muito boa disposição para nos mostrar como se faz aquela arte tão típica de Portugal.
Trabalho que fazem há anos! O António começou com o seu pai a mexer nos primeiros fios de filigrana, quando tinha apenas 7 anos de idade.
Mostraram-nos todo o processo. Do início ao fim. Desde torcer o metal e transformá-lo em fios para serem manuseados...
a escolha dos desenhos vem de um caderno já gasto de tantos e tantos anos de manuseio...
O que assistimos a seguir é um verdadeiro domínio na arte de conseguir transformar fios tão finos e pequenos em peças belíssimas...
O preenchimento das peças é sempre feito pelas mulheres, que são chamadas de "enchedeiras", segundo o António, as mulheres são mais delicadas e perfeccionistas para um trabalho tão exigente...
Deitar a solda, soldar, moldar a peça e dar o acabamento final, são os restantes passos de todo o processo..
É hora de meter a mão na massa, ou melhor na filigrana. Foi quando eu e a Elena nos atrevemos a tentar fazer uma peça...
Que difícil!!!! |
Basta tentar fazer um bocado, para se dar um imenso valor à essa arte! Exige muitos anos de prática.
É impressionante. A partir desse momento, passei a olhar para uma peça em filigrana com muito respeito.
Respeito à esta arte e principalmente aos homens e mulheres que dedicam e dedicaram a sua vida neste trabalho tão bonito!
Ao lado da oficina, na pequena loja onde as peças podem ser compradas a ótimos preços, o casal exibe com orgulho o coração semelhante ao que eles produziram e que foi oferecido à atriz Sharon Stone, numa ocasião da sua vinda ao Porto. E que ficou famoso depois dela ter sido fotografada em Los Angeles, usando o mesmo...
E de coração preenchido, saímos de lá encantadas pela oportunidade de entrar dentro deste mundo tão bonito da filigrana portuguesa.
E pela margem do rio Douro em direção ao centro do Porto, a Sara leva-nos ao próximo destino deste dia que dedicamos ao turismo criativo. Vamos para a outra margem do rio, conhecer um outro ofício, desta vez relacionado com outra arte... a música.
Este é um assunto para outro post... acompanhe!
Eu adorava fazer trabalho de enchedeira mas não encontro ninguém que ensine para poder trabalhar. Sempre foi o meu sonho.
ResponderExcluir02:15
ExcluirNo Cindor centro de formação profissional da ourivesaria e relijoaria em Gondomar dão formação.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá boa noite .arte de enchedeira , está controlada pelo monopólio infelizmente estão a deixar morrer essa arte só pela ganância infelizmente o cindor já não é o suficiente
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