Do Porto para Santiago. Dias de chuva na Galiza. Por Pontevedra e Caldas de Reis.

Depois dos primeiros dias em terras espanholas e de já irmos nos habituando com a maneira de estar do país vizinho bem aqui ao lado, na Galiza, o Caminho segue em direção à Pontevedra.
Já era o nosso 10º dia caminhando com temperaturas muito agradáveis e com sol, o que possibilitava-nos desfrutar da linda paisagem. Mas... alguém já havia me dito: Na Galiza sempre chove!
E choveu.
De Redondela a Pontevedra, o Caminho revelou-nos mais esta necessidade: parar para colocarmos os impermeáveis. Nas mochilas também!



Dica desta Etapa:

Independente da época do ano, leve sempre um impermeável para vestir e para a mochila também.
Algumas mochilas, já vem com esta proteção contra chuva. É imprescindível.
A qualquer momento pode chover.

E desta vez a paisagem mudou bastante...


mas não menos bonita...


a boa notícia é que já faltava menos do que 100 kms!


Desta vez, foi a minha parceira de viagem, a Elena Paschinger que sentiu as bolhas a aparecerem. Mais uma dica: assim que sentir um princípio de bolha, pare tudo e proteja o local com adesivos próprios para isso:


Esta é uma etapa onde os peregrinos espanhóis apareceram em grande número. Muitos deles começam o Caminho a partir de Tui...




A chuva não tira a determinação a ninguém...


Só nos impossibilita de tirar muitas fotografias para não estragar os equipamentos. Mas quando nos aparecem homenagens tão lindas... temos que guardar estes momentos...


saudades do Porto!



A Beleza da ria de Vigo, também nos conforta!


não foi uma etapa fácil, mas por não estar frio... seguimos todos confiantes.


Mais um belo momento desta etapa. Atravessar a linda ponte sobre o rio Ullo, onde foi travada uma batalha contra as forças francesas em 1809, decisiva para a Guerra da Independência Espanhola...



Mais um pouco de caminho rural até começarmos a entrar na cidade de Pontevedra!
O descanso e uma boa cama quente estão por vir...



A partir daqui, os cruzeiros, começam a nos fazer companhia, avisando-nos que estamos no Caminho de Santiago:


 Após 18 kms a partir de Redondela, chegamos à Pontevedra, que apresenta um Centro Histórico Medieval que merece a visita com calma.


Aqui a Igreja da Virgem Peregrina, que tem a planta em formato de uma vieira...


Depois de tanta chuva e muitas bolhas, o merecido descanso desta etapa foi no fantástico Parador de Pontevedra, um edifício histórico, com espaços belíssimos, quartos confortáveis e muitos peregrinos para um excelente convívio ao jantar...







Veja um post sobre os Paradores de Espanha: AQUI

No dia seguinte, a chuva logo cedo nos esperava do lado de fora...


Um reforçado pequeno almoço/café da manhã, foi o que nos deu coragem para seguir em frente.


Enquanto atravessamos o bonito Centro Histórico de Pontevedra, ainda houve tempo para uma visita à farmácia, para ter a certeza, que as bolhas eram mesmo assim... faziam parte do Caminho.
E fizeram parte do meu.




Uma pausa na chuva para podermos apreciar a belíssima ponte de O Burgo, do séc. XIIsobre o rio Lérez na nossa saída de Pontevedra...



Mais uns metros e novamente a chuva começa a nos acompanhar, alguns lugares tivemos mesmo que parar para nos abrigar, noutras situações, seguimos em frente...




Esta etapa tem mais de 20 Kms e por isso éramos obrigadas a seguir, até que a um determinado momento, o céu começou a ficar azul novamente...





Até Caldas de Reis, o nosso próximo destino, cruzamos algumas vezes com a Estrada Nacional 550, todo cuidado é pouco...


Mas logo voltamos para os caminhos rurais e mais tranquilos...




Arte no Caminho a nos inspirar. Falta muito pouco...


Mais uma etapa dura, com  mais kms, cansaço, bolhas e chuva. Mas chegamos à pequena e charmosa Caldas de Reis que já foi um local onde existiam termas romanas e onde nasceu o rei Afonso VII Castilla y León...



Além do albergue para peregrinos, Caldas de Reis tem várias unidades hoteleiras. Desta vez, a nossa experiência foi alugar um apartamento na rua principal da cidade, por onde passa o Caminho de Santiago. 
No  jantar, num restaurante próximo dali provei uma massa com gulas, uma iguaria do mar, o que para mim, foi uma agradável surpresa.
Infelizmente, o cansaço extremo desta que seria a penúltima etapa, nos fez esquecer das máquinas fotográficas... acontece.
O cansaço venceu-nos nesta etapa.

E nas duas últimas etapas, a ansiedade por estarmos mesmo a chegar em Santiago, não nos abandonou.

Acompanhe!

#duasBloggersumCaminho

Tudo sobre o Caminho Português de Santiago: AQUI


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